domingo, 5 de julho de 2009

Projetos de saneamento não são levados adiante no Piauí

Tabata Magalhães

Alguns municípios do interior do Piauí já possuem um sistema de limpeza urbano para tratar o lixo de maneira correta. No entanto, por motivos políticos, o sistema nem sempre funciona de forma satisfatória, o que pode levar à desorganização do espaço urbano das cidades.

A professora Maria Lucia Portela, mestra em desenvolvimento urbano pela UFPE, já fez consultoria de saneamento para prefeituras de cidades como Floriano, Água Branca, Joaquim Pires, onde hoje existem programas de limpeza urbana. Porém, segundo ela, os programas criados não estão sendo desenvolvidos conforme o planejado.

“O grande problema é que quando muitas cidades mudam de gestão, a obra que pertenceu ao prefeito anterior não é dada continuidade e o lixo volta a ser tratado de maneira incorreta, sem estrutura de coleta, com utilização irregular do aterro sanitário’, disse Maria Lucia.

Já em outros municípios, os problemas tributários dos gestores impedem a execução do projeto. “Numa cidade do sul do Piauí, os recursos federais para que as obras fossem executadas não foram liberados devido a problemas de ordem fiscal do prefeito anterior. Agora, mesmo o sendo outra administração, o dinheiro ainda se encontra retido”, disse.

Se executadas corretamente, as obras de saneamento permitiriam o desenvolvimento sustentável dos municípios e a melhoria da qualidade de vida dos moradores. “Quando as cidades crescem, elas a atraem mais ocupantes, que geralmente se instalam nas periferias, em áreas de risco, sem água potável, esgoto, coleta de lixo. Por isso, os sistemas fazem com que a cidade cresça dentro do patamar de sustentabilidade e reduza os gastos com a saúde da população”, argumenta Maria Lucia.

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