sábado, 6 de junho de 2009

Meio Ambiente: mercado de trabalho pede profissionais cada vez mais gabaritados

Denise Cordeiro

Mercado de trabalho e meio ambiente. Dois espaços que vem se misturando por conta do crescimento das discussões acerca das questões ambientais.


Dentro do tema, um campo que vem se ampliando muito no mercado de trabalho é o do tecnólogo em Gestão Ambiental. Profissional com graduação de nível superior, o tecnólogo tem como característica o foco nas habilidades e competências requeridas pelo mercado e no saber fazer, pensar e inovar; conquistando cada vez mais espaço no mundo empresarial, e exatamente por esse foco, ele já está pronto para o mercado em um tempo médio de dois anos.

Em relação à Gestão Ambiental, ele é responsável por coordenar iniciativas na seara ambiental em várias das suas vertentes, e tem se tornado cada vez mais procurado por empresas das mais diversas áreas para colaborar em termos de licenciamento, educação ambiental, planejamento ambiental, entre outros.

Na administração pública, todas as iniciativas de gestão e manejo ambiental, envolvendo análise, planejamento, acompanhamento e coordenação de programas ambientais podem, e devem, ser acompanhadas por um profissional com formação ambiental específica.

Para Daniel Guimarães, tecnólogo em Gestão Ambiental pelo IFPI (Instituto de Federal de Educação, Ciência e Tecnologia/Piauí – antigo Cefet/PI) e, atualmente, fiscal ambiental da Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Piauí (Semar), as questões ambientais merecem um tratamento melhor das empresas, já que elas precisam de informações mais aprofundadas sobre o assunto, antes de começarem qualquer processo que envolva ações ligadas ao meio ambiente.

“Eu acredito ser muito importante mostrar as obrigações das empresas, como o licenciamento ambiental. Sempre costumo fazer essa comparação: todo mundo sabe que tem que tirar licença do seu carro, todo mundo sabe que tem que tirar carteira de motorista, como faz e o que precisa. Mas quem precisa tirar uma licença ambiental, não tem esse conhecimento. Quem precisa de uma informação mais aprofundada, com conhecimento científico, mais específica, não sabe a quem procurar, a quem recorrer. Os órgãos ambientais não são conhecidos e nem o papel deles”, comenta.

No Piauí, a maior parte da categoria engrena no serviço público, já que as empresas privadas que pedem por profissionais da área são, em geral, multinacionais que vem ampliando suas preocupações com o os danos ao meio ambiente.

Com o advento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal, as obras tem exigido mais profissionais na área ambiental, já que boa parte delas, como reparações de represas, construção de casas e melhorias nas áreas físicas das cidades, trabalha diretamente com intervenções no meio ambiente.

Apesar de os salários para quem deseja ingressar no ramo variarem entre R$ 1,5 mil e R$ 5 mil, esse é um mercado onde ainda existem muitas vagas, mesmo com crise financeira mundial vigente. “Nós já formamos cerca de 90 pessoas no curso aqui no Piauí. Desses 90, cerca de 80% estão trabalhando na área e ainda tem vagas a serem preenchidas”, afirma Paulo Borges, engenheiro florestal e diretor do IFPI em Teresina.

Mas, como se qualificar no Piauí? No Estado, o IFPI é a única instituição que conta com um curso de graduação na área.

Para a aluna do curso de Gestão Ambiental, Laiane Oliveira, é interessante que a nova visão do mundo em relação ao tema. “Gosto de saber que o meio ambiente agora é visto com outros olhos. As pessoas estão começando a ver a real importância dele”, comentou.


Pós-graduações

No Piauí, só existe especialização na área ambiental no IFPI, que pode ser feito por qualquer pessoa que seja graduada, não importando o curso. Para a especialização do IFPI, basta apresentar a documentação exigida pela instituição, como o certificado de conclusão de curso em nível superior. As inscrições para a próxima turma devem iniciar em julho de 2009.

Em termos de Mestrado, apenas a Universidade Federal do Piauí (UFPI) conta com meios para desenvolver a pós-graduação. Para ingressar no programa qualquer formação em nível superior é aceita.

Para cursar o Mestrado é preciso de um pré-projeto, documentação exigida no edital do concurso e passar por avaliação escrita sobre conhecimentos na área, uma prova de língua estrangeira (inglês, francês ou espanhol), e análise do currículo pela instituição. O edital para deve sair no final de setembro ou início de outubro deste ano.


Veja algumas das empresas que trabalham com profissionais do Meio Ambiente


Estatais

- Semar (Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Piauí)
- Semam (Secretaria Municipal de Meio Ambiente)


Empresas de economia mista

- Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco)
- Cepisa (Companhia Energética do Piauí) - Agespisa (Águas e Esgotos do Piauí S/A)


Regionais

- Grupo Claudino
- Comercial Carvalho
- Kalfix


Multinacionais com filiais no Piauí

- Coca-cola
- Ambev

Um comentário:

  1. Boa tarde, eu formo em gestao ambiental ano que vem, eu queria saber as vagas no mercado de trablho que estao disponiveis em goias.
    Obrigado

    ResponderExcluir